Distopia
Eu conheço os passos da dança,
mas piso no teu pé de propósito.
Eu conheço as regras do jogo,
mas adoro a infração a que me proponho
todas as manhãs.
Eu reconheço o seu xeque-mate,
mas viro o tabuleiro,
confundo todas as peças,
e ferro com tua cabeça,
só para sorrir à noite.
Eu conheço todas as lágrimas,
mas as escondo num vidro
com tampa fechada à vácuo,
e o pote só se quebra nas madrugadas,
onde eu não reconheço mais nada.
Lilly Araújo - 17/07/17
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