terça-feira, 29 de março de 2016

BILHETE






Do meu talentoso e sensível amigo Dário Banas!!

BILHETE

Eu sabia que você vinha. A luz da frente está acesa, a porta só encostada, tudo pronto antes mesmo de te conhecer. Se eu estiver dormindo, tem umas coisas pra ti debaixo do teu travesseiro. Tem um bocado dos meus sonhos, que embora gastos eu gosto muito. Tome bem conta deles, até porque, você conhece alguns por estar neles. De felicidade, ainda sobrou um pouco, e quero que pegue tudo pra ti, porque assim também terei. Alegria tem bastante, e como sei que você traz mais, vai ser bom porque teremos um montão. A tristeza que tem eu escondi, pra jogar fora quando você não estiver olhando. E tem umas outras coisinhas: confiança, sinceridade, que eu deixei aí, mas são pra usarmos juntos, viu? Ah, e tem amor, que eu tenho sobrando. Como eu sei que você também tem, pensei que poderíamos trocar, pra não ficar sem. Se o travesseiro estiver muito alto, se ajeite comigo, tem sempre lugar pra ti.


PS - Não me chame, me deixa o prazer de te acordar com um beijo.




sábado, 26 de março de 2016

Esquecimentos




















Esquecimentos

Desculpe-me,
eu me esqueci de você!
Não sei se por culpa minha,
ou por sua culpa.

Não falemos em culpas então,
mas é que o tempo
anda agora mais corrido que outrora,
e o ponteiro do relógio,
em puro frenesi.

Desculpe-me,
se não estás mais aqui,
vívido na memória,
e ávido no meu peito.
É que muitas noites geladas
se passaram no meu leito.

Os minutos escoaram
sem um alô, sem um talvez,
sem um sorriso,
sem um traço teu qualquer,
e foi aí que eu me esqueci
que era a tua mulher...

Desculpe-me,
mas não estou mais nua.
Cobre-me o tecido da censura,
com estampas de um ser amedrontado.

Estou “gato escaldado”,
com medo de água fria,
com medo de amor,
com medo de magia...

Eu me esqueci do gosto,
do cheiro, do descompasso,
da perna bamba e a boca fria
naqueles quentes momentos.

— Estou vivendo apenas de esquecimentos.


Lilly Araújo 24/03/16

terça-feira, 22 de março de 2016

Pequenas considerações sobre valorização própria



Pequenas considerações sobre valorização própria

Bem, minha reflexão nasce após a retomada de leitura de um livro.
Considerando o tamanho da obra em questão, creio que eu tenha chegado ao capítulo referente à 1/6 deste livro quando o abandonei. Hoje, retomando a leitura, a partir do primeiro capítulo, é claro (devido ao tempo prolongado da pausa) eu me deparei com um prazer tão estupendo, que custo a crer que uma vez tendo começado tal história, eu tenha sido capaz de deixá-la de lado, ou melhor dizendo, que tal leitura me seja hoje tão completa e satisfatória, que a única explicação para meu desdém para com ela em um momento anterior, seria o fato de que eu é que não me encontrava pronta para sua magnitude.
Da mesma forma que o ocorrido deixou-me desconfortável por um lado, por outro oposto, penso que foi uma boa oportunidade de refletir, quase que filosoficamente, mas de forma bem palpável, que na nossa vida cotidiana, o exemplo em questão se repete inúmeras vezes sem nos darmos conta, e a reflexão de tal âmbito poderia nos livrar de várias falsas impressões que acabamos por levar de si mesmos.
O que estou tentando explanar aqui é simples, e se trata de algo que, apesar de subjetivo, tem grande poder de atuação sobre quase todos, para não dizer todos, seja em uma maior ou menor proporção. A palavra que melhor descreve este estado “psicossocial” a que estou me referindo é REJEIÇÃO.
Se considerássemos com tanta lucidez, com a que cheguei hoje, após a ocorrência deste fato acima descrito, de que muitas vezes a rejeição não é um referencial de valoração ou desvalorização de um objeto, ou mesmo um indivíduo, mas que muito provavelmente, esta, se preste à função inconsciente de aferição do ser que está praticando o ato e não o contrário. Ou seja, a rejeição pode se prestar ao papel de apontamento da capacidade do “ser que rejeita”, e não ao contrário. Exemplificando: Um objeto ou uma pessoa será rejeitada não por estar aquém de suas expectativas, mas por estar exatamente além (parecer aos seu olhos boa demais) causando assim a sua recusa em obtê-la.
Vejamos bem, no caso do exemplo citado, não era minha impossibilidade de ler a obra que me fez rejeitá-la, por não ter acesso à mesma, ou por não compreender a língua em que estava descrita, ou outro impedimento qualquer, mas tão simplesmente, o fato de que eu não me encontrasse num momento de maturidade ou paz de espírito necessário ou outra definição equivalente, que me permitisse perceber a oportunidade que me estava nas mãos.
Dessa forma, depois de uma curta reflexão, me veio a iluminura da compreensão de que, várias experiências de rejeição, pelas quais fui submetida no decorrer da vida, na verdade não se tratavam de mim, mas sim da capacidade do “ser rejeitador”, de compreender ou valorizar o que estava em seu “acesso”, por assim dizer.
E isso é um passo muito significativo para cura de várias crostas arquivadas nas emoções, não somente para minha experiência pessoal, mas podendo e devendo ser estendida a todos demais, pois uma vez vivos, e participantes dessa complexidade mental que possuímos, nós, os seres humanos, biologicamente classificados Homo sapiens sapiens exatamente pela consciência que temos de si mesmos.
Sem mais delongas, um “viva” a esse dia memorável, quando filosofia, psicologia e literatura se fundiram diante de meus olhos para apontar a possibilidade de uma cura de experiências traumáticas a que nos expomos dia a dia.

P.S.: O livro em questão trata-se do “Quando Nietzsche Chorou”, do autor Irvin D. Yalom, do qual alcancei apenas o primeiro capítulo antes da pausa para escrever essas impressões que me causaram.


#Lilly Araújo  16/02/16.


segunda-feira, 21 de março de 2016

Estação Outono



Outono é a estação do ano que ocorre após o verão e antes do inverno, sendo assim considerado como um período de transição entre essas duas estações antagônicas. No Hemisfério Sul, o início do outono ocorre entre os dias 20 e 21 de março e o seu término acontece entre 20 e 21 de junho.

Deixo algumas poesias em homenagem a ele, o  OUTONO!

OUTONO
J. G. de Araújo Jorge

O céu perdeu o azul - vestiu-se de cinzento 
e envolveu na neblina a luz baça do luar...
- na alameda onde vou, de momento a momento,
há um gemido de folha a cair e a expirar...

O arvoredo transpira as carícias dos ninhos,
e o vento a cirandar na curva das estradas
eleva o folhareu no espaço em redemoinhos...

Há um córrego a levar as folhas secas em bando...
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas,

parece que o arvoredo em coro está chorando!...

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CANÇÃO DE OUTONO
Cecília Meireles

Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando aqueles
que não se levantarão...

Tu és folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
E vou por este caminho,
certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,

menos que as folhas do chão...

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É OUTONO

Amo o mês de maio.
Amo esta estação romântica que
o acompanha: - É outono!
Outono de dias frios ensolarados.

Quebro a inércia do meu ofício
de escritora e levanto
para contemplar de minha janela
a natureza tão próxima e tão bela.

E as árvores defronte minha casa
até parecem querer-me confundir, com
tantas flores, se assemelham às primaveras,
neste cenário monocor de flores amarelas.

Então rompo a minha calçada e
paro sob raios tênues do tímido sol.
E aqueço os pés gelados, comuns nessa estação,
enquanto cheiro as flores, aquece também meu coração

É outono!
Amo ter os pés gelados e ouvir o som das
noivas que se multiplicam nesse mês de magia.
Parece-me agora que tudo é paz e calmaria.

©Por Lilly Araújo-

sexta-feira, 18 de março de 2016

O POVO - Rubem Alves


O POVO - Rubem Alves

Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece", observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo.
Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega:
"Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos". Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem.
Vou dizer aquilo sobre o que me calei: "O povo unido jamais será vencido", é disso que eu tenho medo.
Em tempos passados, invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política. Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou o seu lugar: a democracia é o governo do povo. Não sei se foi bom negócio; o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta ver os programas de TV que o povo prefere.
A Teologia da Libertação sacralizou o povo como instrumento de libertação histórica.
Nada mais distante dos textos bíblicos.
Na Bíblia, o povo e Deus andam sempre em direções opostas.
Bastou que Moisés, líder, se distraísse na montanha para que o povo, na planície, se integrasse à adoração de um bezerro de ouro. Voltando das alturas, Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas com os Dez Mandamentos.
E a história do profeta Oséias, homem apaixonado!
Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava!
Mas ela tinha outras idéias. Amava a prostituição. Pulava de amante e amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a perdão.
Até que ela o abandonou.
Passado muito tempo, Oséias perambulava solitário pelo mercado de escravos. E o que foi que viu? Viu a sua amada sendo vendida como escrava. Oséias não teve dúvidas. Comprou-a e disse: "Agora você será minha para sempre.".
Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus.
Deus era o amante apaixonado. O povo era a prostituta. Ele amava a prostituta, mas sabia que ela não era confiável.
O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos profetas lhe contavam mentiras.
As mentiras são doces; a verdade é amarga.
Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo.
No tempo dos romanos, o circo eram os cristãos sendo devorados pelos leões.
E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos!
As coisas mudaram.
Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo.
O circo cristão era diferente: judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas.
As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos.
Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro "O Homem Moral e a Sociedade Imoral" observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais. Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem.
Mas quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas emoções coletivas.
Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo tornam-se capazes dos atos mais cruéis.
Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo.
Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade.
É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia.
Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado.
O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão.
Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens.
Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras.
O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam.
Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à coletividade.
Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.
Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo.
Jesus foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás.
Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária.
Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.
O nazismo era um movimento popular. O povo alemão amava o Führer.
O povo, unido, jamais será vencido!
Tenho vários gostos que não são populares. Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos. Mas, que posso fazer?
Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio; não gosto de churrasco, não gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol.
Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e a engolir sapos e a brincar de "boca-de-forno", à semelhança do que aconteceu na China.
De vez em quando, raramente, o povo fica bonito.
Mas, para que esse acontecimento raro aconteça, é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute: "Caminhando e cantando e seguindo a canção.". Isso é tarefa para os artistas e educadores.
O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.

http://rubemalves.com.br/site/". Isso é tarefa para os artistas e educadores.
O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.


terça-feira, 15 de março de 2016

Profundamente



Profundamente

Não me venha com galanteios se você pertence à essa geração rasa, que não consegue “pegar” mais de duas vezes a mesma “mina”, sem enjoar da cara dela.
Não meta as caras comigo, só porque está entediado, e sua criatividade não vai além de dar um “rolê” por aí para ver se fisga alguém. Eu não sou peixe pra cair na sua rede. Na verdade estou mais é pra sereia. Cuidado com meus encantos! É você quem pode acabar fisgado.
Não puxe conversa comigo, nem ao vivo e nem nas redes sociais, só porque achou minha aparência boa. Eu sei que sou bonita, mas meu querido, a beleza acaba num piscar de olhos, basta um acidente, um incidente, uns quilos a mais, ou apenas o agir do tempo, que age muito mais rápido que se pensa. A minha beleza está dentro de mim, e olhando além do profundo dos meus olhos é que se pode encontrá-la.
Não me ofereça um encontro, desejando ter uma noite para se gabar se conseguir “me levar pra cama”. Sexo bom é sexo consentido por todos os sentidos. Estar lá apenas com corpo é atividade para bobocas, e eu não tenho tempo para isso, prefiro brincar sozinha, pois já conheço meu ritmo.
Estou cansada. Absolutamente exausta. Não sou “Amélia”, mas sei que sou mulher de verdade!!
Não se aproxime de mim se seu “pintinho” ficar encolhido dentro das calças diante de uma mulher forte, extrovertida, alegre, inteligente, que sabe falar de todos os assuntos. Que chora, que sente insegurança, e que também tem crises de TPM. Que já se deu mal muitas vezes e ainda assim sonha em se casar, sem que isso signifique se anular, é claro. (Eu não caio mais nessa!).
Simplesmente eu te aconselho que pense duas ou três vezes antes de tentar, mas se você é do tipo que sabe que o AMOR é piegas, e ainda assim é o melhor sentimento do mundo; se é avesso a “fast foods” nessa área dos sentimentos. Se você sabe ser profundo, se ao menos está disposto a tentar, e se deseja compartilhar sonhos e não submergir a mulher às suas próprias vontades. Ah... !! Se você sabe o quanto é bom se doar; o quanto dói um coração partido; o quanto espeta a insegurança da rejeição; se você já se jogou algumas vezes, e se estatelou com a cara no chão, quando o outro simplesmente recolheu os braços, “deu de ombros” e virou as costas; e mesmo assim, ainda assim, estiver disposto a tentar... Talvez você seja quem estou buscando!
Porque é assim que eu sou:- Intensa, forte e delicada. Não conheço meios-termos. Tudo que sou e tudo que vivo é profundamente.


Lilly Araújo 15/03/16

domingo, 13 de março de 2016

ESTAR FELIZ E SOLTEIRA ME ENSINOU A SER MAIS EXIGENTE!



Em relação ao amor, hoje sou menos iludida, mas também muito mais criteriosa. Não que eu tenha desistido deste sentimento, mas aquela empolgação juvenil e até inocente já não existe mais.

O X da questão é que já vivi situações o suficiente para perceber que relacionamento amoroso não envolve só sentimento. Envolve diferenças, envolve família, envolve vizinho, cachorro, smartphone e papagaio. Dois deixam de ser dois e passam a ser um número incontável de gente, torcendo por sua felicidade ou não. Envolve paciência, pressão, frustração, desconfiança. Claro que envolve também coisas maravilhosas, como vida compartilhada, companheirismo, afeto, amor, confiança.

Eu me lembro muito bem quando eu tinha 15 anos e sonhava em namorar. Achava que era o melhor que me poderia acontecer na época, mas não aconteceu… Fiquei frustrada, mas fui levando. Quando eu finalmente tive um relacionamento mais profundo posso dizer que a vida me deu um tapa na cara.
Namorar não era nada daquilo que eu criava fantasiosamente. Não fiquei amarga ou desesperançosa. Fiquei realista.

Hoje, após alguns relacionamentos profundos e aos 27 anos, eu vejo o quanto ser solteira representa liberdade e aprendizado pra mim. Não tenho medo de ficar sozinha em casa em pleno sábado à noite. Não tenho medo de ir a eventos sociais sem um cara a tiracolo. Eu construí a vida com os meus passos. Um atrás do outro, aos trancos e barrancos. Mas hoje eu sou eu. Natália. Quem entrar na minha vida não será o protagonista pois a protagonista já existe. Quem entrar na minha vida se tornará referência e não a coordenada. A recíproca, é claro, é verdadeira.

A questão é que as frustrações me ensinaram a me amar mais, a valorizar mais meus momentos comigo mesma. Estar feliz e solteira me ensinou a ser mais exigente. E alguém para adentrar no meu mundo tem que fazer por merecer. Se ficar com joguinho, se ficar com palavras fartas e atitudes vazias eu, simplesmente, perco o interesse.

Eu gosto tanto de escrever, eu gosto tanto de estar e conversar comigo mesma que não dá pra trocar isso aqui por um “Oi, gata” ou pior: “Oi, sumida” sendo que sumida eu nunca fui. Não dá para trocar assistir Downton Abbey na Netflix por uma conversa superficial ou sem afinidades.

Só vai entrar na minha vida quem realmente merecer. Porque vida é mais íntimo que quarto, vida é mais íntimo que cama. As pessoas costumam relacionar intimidade com sexualidade. Mas intimidade é sonho, é medo, é esperança, é falar do passado, da infância, é planejar um futuro, é olhar juntos para a mesma direção. Intimidade requer tempo, requer dedicação, requer interesse profundo. Intimidade é oposto de superficialidade.


Intimidade não é saber a cor da calcinha ou do sutiã. Intimidade é saber a cor dos sonhos, a cor dos olhos quando choram, a forma exata dos lábios quando sorriem. Intimidade não é ver alguém de lingerie… Isso você pode ver a qualquer momento, com alguém que você conhece há muitos anos ou há poucas horas. Intimidade não é ver alguém se despir das roupas. Intimidade é ver alguém se despir das barreiras, dos medos, das suas verdades incontestáveis, das suas certezas absolutas. Intimidade é a entrega, mas não a entrega do corpo. Intimidade é a entrega mais difícil: a entrega da alma e do coração.
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Por: Nat Medeiros – Via: Superela –  (Superela é uma plataforma capaz de fazer as mulheres mais felizes, tudo de especial sobre Amor, Sexo, Vida, Beleza e Estilo! Mais textos incríveis em: Superela.com

Fonte

sábado, 12 de março de 2016

Sonhos e lendas


Sonhos e lendas

Bem, é bem verdade que eu adoro filmes de lendas e fantasias, como “O Senhor dos anéis”, de Tolkien, ou ainda “Nárnia”, de seu amigo C.S. Lewis, e ainda outros filmes ou livros desse mesmo gênero. Mas já faz algum tempo que não estou vendo ou sequer lendo nada desse tema, daí minha admiração ainda maior com meus sonhos...
Semana passada eu sonhei que tive uma filhinha loira dos olhos azuis, até aí nada de extraordinário, mas acontece que tanto seus cílios quanto algumas mechas de seus cabelos eram coloridas, como um arco-íris!! (Sim, você leu direito: Cílios de arco-íris!).
E hoje acordei sobressaltada, além de ajudar um animal em perigo, numa estrada escura, estando eu sobre um automóvel em movimento (dirigido por outra pessoa, claro), ao conseguir resgatá-lo percebo que não se trata de um animal comum, e é nada mais, nada menos, um espécime de UNICÓRNIO.
Ok! Vou pesquisar sobre eles e descubro uma íntima ligação entre esses seres e o arco-íris...
Ah, e para finalizar, eu e essa pessoa, que era do sexo masculino mas não identifiquei, terminamos fugindo do local, dentro de um caixa de madeira flutuante içada por um conjunto balões coloridos, bem ao estilo do desenho “UP”
Conclusão: — Ainda bem que estou lendo o livro sobre simbolismos e sonhos do Jung, intitulado “O Homem e seus Símbolos”, acho melhor me apressar nele. Rss!

*Lilly Araujo - 12/03/16

Links relacionados:
·         http://mundonarnia.com/


terça-feira, 8 de março de 2016

Artimanhas



Artimanhas

Há na felicidade uma pitada de malícia.
Ela é mulher madura!
Daquelas que já sabem tantas artimanhas
e outros tantos ardis...

Há de se conquistá-la com muito cuidado,
mantendo-se sempre os dois pés presos ao chão,
e um de cada vez ao próximo passo,
ou, apenas se jogar frente a um abismo.

Há na mão da felicidade uma bebida
quente e inebriante,
talvez como se diz ser o cálice de absinto,
e não prová-la, é anular o estar vivo.

Há em seus braços um ninho!
Com plumas brancas e suaves,
e talvez, quase sempre,
também muitos espinhos.

Essa tal felicidade é “metamorfa”,
e um dia tendo-a encontrado,
nunca se saberá qual seu rosto
na próxima vez.

Para reconhecê-la, então,
é necessário usar todos os sentidos,
e um pouco de insensatez!


Lilly Araujo 08/03/16  (20:30h)
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