sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Oficina Literária Desafios dos Escritores-2013


CRÔNICAS DE MINAS GERAIS

De 21 de fevereiro a 3 de março de 2013, estarão abertas 16 vagas para o Desafio de Crônicas com temas inspirados em Minas Gerais, sua gente, sua literatura e sua História.
Durante 6 semanas, esse grupo especial de escritores terá suas crônicas avaliadas e comentadas por um grupo de escritores, professores e leitores. Ao fim, o vencedor receberá um troféu do Núcleo de Literatura do Centro Cultural da Câmara dos Deputados.
Envie ainda hoje sua ficha de inscrição (nome, pseudônimo, telefone, celular, endereço, cep, trabalho e pequeno currículo) para desafiosdosescritores@uol.com.br com sua primeira crônica escrita sobre um dos 3 temas já liberados no site:
http://www.desafiosdosescritores.com.br/



TEMAS DA PRIMEIRA SEMANA DE DESAFIO DE CRÔNICAS MINAS GERAIS
1- INSPIRADO NA LETRA DE MILTON NASCIMENTO, FAÇA-NOS SUA CRÔNICA COM ATÉ 50 LINHAS.

Fazenda
Milton Nascimento

Água de beber
Bica no quintal
Sede de viver tudo
E o esquecer
Era tão normal que o tempo parava
E a meninada respirava o vento
Até vir a noite e os velhos falavam coisas dessa vida
Eu era criança, hoje é você, e no amanhã, nós(2x)
Água de beber
Bica no quintal, sede de viver tudo
E o esquecer
Era tão normal que o tempo parava
Tinha sabiá, tinha laranjeira, tinha manga rosa
Tinha o sol da manhã
E na despedida,
tios na varanda, jipe na estrada
E o coração lá(4x)

2- INSPIRADO NO POEMA DE DRUMMONDA CHAVE
Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 1902 – Rio de Janeiro, 1987)
In: O Corpo, 1984

E de repente
o resumo de tudo é uma chave.
A chave de uma porta que não abre
para o interior desabitado
no solo que inexiste,
mas a chave existe.
Aperto-a duramente
para ela sentir que estou sentindo
sua força de chave.
O ferro emerge de fazenda submersa.
Que valem escrituras de transferência de domínio
se tenho nas mãos a chave-fazenda
com todos os seus bois e os seus cavalos
e suas éguas e aguadas e abantesmas?
Se tenho nas mãos barbudos proprietários oitocentistas
de que ninguém fala mais, e se falasse
era para dizer: os Antigos?
(Sorrio pensando: somos os Modernos
provisórios, a-históricos…)
Os Antigos passeiam nos meus dedos.
Eles são os meus dedos substitutos
Ou os verdadeiros?
Posso sentir o cheiro do suor dos guarda-mores,
o perfume- Paris das fazendeiras no domingo de missa.
Posso, não. Devo.
Sou devedor do meu passado,
cobrado pela chave.
Que sentido tem a água represada
no espaço onde as estacas do curral
concentram o aboio do crepúsculo?
Onde a casa vige?
Quem dissolve o existido, eternamente
existindo na chave?
O menor grão de café
derrama nesta chave o cafezal.
A porta principal, esta é que abre
sem fechadura e gesto.
Abre para o imenso.
Vai-me empurrando e revelando
o que não sei de mim e está nos Outros.
O serralheiro não sabia
o ato de criação como é potente
e na coisa criada se prolonga,
ressoante.
Escuto a voz da chave, canavial,
uva espremida, berne de bezerro,
esperança de chuva, flor de milho,
o grilo, o sapo, a madrugada, a carta,


A mudez desatada na linguagem
que só a terra fala ao fino ouvido.
E aperto, aperto-a, e de apertá-la, ela se entranha em mim. Corre nas veias.
É dentro em nós que as coisas são,
ferro em brasa – o ferro de uma chave.
3- INSPIRADO NA CRÔNICA DE FERNANDO SABINO, FAÇA-NOS UMA CRÔNICA DE ATÉ 50 LINHAS.

PRIMEIRA COMUNHÃO
Ele estava nervoso, muito empertigado no seu terninho branco: – Se colar no céu da boca o que é que eu faço?– Tira com a língua – recomendei. – Com o dedo não pode não?– Não pode não.
Ao entrarmos no pátio da igreja, esqueceu suas preocupações e saiu correndo para juntar-se aos outros. Sob o olhar embevecido dos pais a meninada se estranhava: tolhida pelo cuidado com a roupa toda branca e muito armada, e a fita no braço, e a expectativa da cerimônia, não se expandia livremente como no recreio do colégio. Ainda assim trançavam aqui e ali entre os adultos, brincando e rindo, criticando-se mutuamente:

– Você veio de luva? A professora disse que não precisava. – Uê, você está de calça comprida!– O padre disse que podia.– Meu laço é mais bonito que o seu.– O meu tem um desenhinho, olha aí.
Em pouco surgiu o vigário e os pôs em fila. Marcharam para o interior da igreja. Solenizados e hirtos, nós, os cavalões, também elegantemente ajaezados, nos postamos ao redor, prestando atenção na missa, como se nada estivesse acontecendo. Mas andava no ar o inquietante silêncio de algo precioso que estava para nos acontecer e que poderia escapar-nos, como uma palavra apenas sussurrada e de novo perdida. E a todo instante olhávamos disfarçados os nossos filhos, com a benevolente compreensão de quem lembra já ter vivido momento semelhante e teme não merecer sua renovação e teme não merecer sua renovação ao menos na lembrança. Eu, evidentemente, só tinha olhos para um menino no segundo banco, repetindo com os outros o ritual que o padre lhe ensinara, preparado para a sua primeira grande aventura.
De súbito um imprevisto ameaçou perturbar a cerimônia: uma voz de homem, alta e mal articulada. Irrompeu lá detrás e o bêbado veio avançando, vacilante, até se deixar cair sentado no banco a meu lado. Era um preto de camiseta de meia, sem mangas, provavelmente operário de alguma construção vizinha, e àquela hora da manhã já (ou ainda) estava no maior pileque deste mundo. Resmungou qualquer coisa e correu os olhos baços ao redor, sem ver nada. Várias cabeças se voltavam, apreensivas, como a pedir que eu fizesse alguma coisa – e eu não sabia o que diabo se deve fazer numa circunstância dessas.

– Psiu, companheiro, fique quietinho aí – sussurrei-lhe, temendo que ele reagisse, para agravar a situação. Limitou-se, porém, a olhar-me com desprezo e engrolar duas ou três palavras desastrosamente gritadas. Depois se pôs a falar em voz alta:

– Sou católico apostólico romano. Sou muito amigo de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O vigário deixou os meninos e veio de lá passar-lhe um pito, mas de nada adiantou: em pouco tempo ele recomeçava a falar. Até o celebrante, em meio à Missa, parecia perceber que algo de anormal acontecia.

– Vamos até ali fora – saltou de repente uma voz, e o preto foi empolgado pelo braço, carregado para fora como uma criança. Olhei com admiração o autor da façanha, que já voltava, livre do importuno: era um dos pais, o mais corpulento, cuja autoridade se fizera exercer de maneira tão categórica, a que até a mim intimidou, como se eu fosse também responsável pela perturbação da ordem. E a ordem voltou a reinar dentro do templo.

– Eu não sabia que na igreja também tinha leão de chácara – gracejou ainda uma senhora a meu lado.
O incidente me distraiu, fiquei pensando no preto atirado na rua. Ele estava inconveniente, não tinha dúvida, mas podia ser que fosse mesmo amigo de Nosso Senhor Jesus Cristo, e neste caso foi bom que eu não me tivesse metido.
Chegou enfim o momento. Um a um os meninos, cuidadosamente ensaiados, deixaram seus lugares e depois foram voltando sérios e contritos. Por um instante me deixo levar pela emoção, o coração se enternece e a lembrança procura recolher, sôfrega, o que possa guardar desse dia e que durante algum tempo me sustente em esperança de renovar-me. Há por que esperar: aquele menino ali no segundo banco, olhos baixos e de mãos postas, deve ter no momento mais prestígio que ninguém lá em cima e talvez se lembre de rezar pelo pai, que anda precisando muito.
Depois houve um lanche no pátio, com café e farta distribuição de sanduíches.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

VII Conc. POESIARTE - Resultado



1-Nome: Edweine Loureiro.*
Poesia: Filho da Floresta
Cidade: Saitama/Japão.
Pseudônimo: Aritana.
Pontuação: 456 pontos.

2-Nome: Perpetua Amorim.
Poesia: Deusa Mãe.
Cidade: Franca/SP.
Pseudônimo: Clarice Lismel.
Pontuação: 452 pontos.

3-Nome: Sonia Nogueira.
Poesia: Cajueiro.
Cidade: Fortaleza/CE.
Pseudônimo: Clara.
Pontuação: 442 pontos.

4-Nome: Regina Célia.*
Poesia: As árvores dão vida.
Cidade: Colombo/PR.
Pseudônimo: Aroeira.
Pontuação: 430 pontos.

5-Nome: Nédia Sales.*
Poesia: Cumprindo Ciclos.
Cidade: Conceição do Almeida/BA.
Pseudônimo: Ana Joaquina.
Pontuação: 412 pontos.

6-Nome: Flavio Machado.
Poesia: prosaicos amazônicos.
Cidade: Cabo Frio/RJ.
Pseudônimo: Aimberê.
Pontuação: 400 pontos.

7-Nome: André L. Soares.
Poesia: ÁRVORE DA VIDA.
Cidade: Guarapari/ES.
Pseudônimo: Cavaleiro de Cervantes.
Pontuação: 397 pontos.

 8-Nome: Roque Aloísio.
Poesia: RUMOREJOS.
Cidade: Santa Rosa/RS.
Pseudônimo: Olvido do Vento.
Pontuação: 393 pontos.

9-Nome: Jussara Godinho.*
Poesia: Viceje!
Cidade: Caixas do Sul/RS.
Pseudônimo: Flor Bela.
Pontuação: 385 pontos.

10-Nome: David Henrique.
Poesia: Futuro da Vida Arbórea.
Cidade: Belo Jardim/PE.
Pseudônimo: Curumim Silvícola.
Pontuação: 384 pontos.

11-Nome: Lilian Araújo.* ( Lilly Araújo)
Cidade: Anápolis/GO.
Pseudônimo: Flor de Cerejeira.
Pontuação: 383 pontos.

12-Nome: Marcos Sodré.
Poesia: OXALÁ.
Cidade: Armação dos Búzios/RJ.
Pseudônimo: Pescador.
Pontuação: 381 pontos.

13-Nome: Amélia Marcionila.
Poesia: O Guardador de Árvores.
Cidade: Pirapetinga/MG.
Pseudônimo: Uirapuru.
Pontuação: 374 pontos.

14-Nome: Janaína Santos.*
Poesia: Vida de Árvore.
Cidade: São Bernardo do Campo/SP.
Pseudônimo: Armadillo.
Pontuação: 369 pontos.

15-Nome: Geraldo Trombin.*
Poesia: ÁRVORE DEVIDA.
Cidade: Americana/SP.
Pseudônimo: eskrit’or
Pontuação: 357 pontos.

16-Nome: Jehan Santos.*
Poesia: Semeada na Metrópole.
Cidade: Cabo Frio/RJ.
Pseudônimo: Louis Parker.
Pontuação: 356 pontos.

17-Nome: Lohan Lage.*
Poesia: Árvore da vida.
Cidade: Trajano de Morais/RJ.
Pseudônimo: Andrade.
Pontuação: 319 pontos.

18-Nome: Gislaine Aparecida.
Poesia: Árvore da vida.
Cidade: São Paulo/SP.
Pseudônimo: Linda Gabt.
Pontuação: 319 pontos.

19-Nome: Marcelo de Oliveira.
Poesia: Árvore da vida.
Cidade: Salvador/BA.
Pseudônimo: Som.
Pontuação: 312 pontos.

20-Nome: Isabel Cora.
Poesia: Continuidade.
Cidade: Araruama/RJ.
Pseudônimo: Calopsita.
Pontuação: 265 pontos.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O fauno e a dríade



O fauno e a dríade

Disse o fauno lentamente
como se quisesse fazer
a dríade finalmente entender,
— Não há mais nada para nós aqui,
se ficarmos iremos morrer!

A pequena fada olhou em despedida
a última árvore que ainda não
havia sido abatida.
Bateu as asas lentamente,
e como se não quisesse mais ver,
deu-lhe as costas de repente.

O fauno, amigo fiel,
quedou-se calado, não sabia o que dizer,
trotou ao lado da desconsolada fada,
vislumbrando o cenário de horror:
tudo sem brilho, sem alegria e sem cor.

Não havia mais estrelas no céu,
não mais brilho do luar,
Tudo agora era triste e cinzento,
morrera a terra, sujou-se a água,
calou-se o vento.

Foi assim que partiram os últimos
seres encantados do planeta
chamado Terra.
Recolheram-se um a um,
fugindo desse mundo de tanta guerra.

Digladiou-se o HOMEM
contra si mesmo tantas vezes.
Atacou a natureza sem dó nem piedade,
seus atos foram malignos
e repletos de irresponsabilidade.

Foram os dois últimos a chegar
naquele novo lar,
prantearam todas as perdas,
e desejaram um novo recomeçar.

O mundo que para trás deixaram
já não teria mais o que comemorar.
Seria duro e cruel tentar viver,
depois de a última árvore fenecer.

Lilly Araújo- 07/01/2013

à 11º no Concurso POESIARTE VII/2013

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Uma FOTO salva vidas


Muitas pessoas pensam que os posts do Facebook não estão fazendo alguma diferença. Bem, eles estão errados.

Aqui está a história na Vodka...

' Argentina. Um grupo de voluntários alimentação desvia tirou uma foto que foi vista pelo mundo inteiro. O cão, segurando um pedaço de pão foi resgatado e chamado "Vodka" - um cão fêmea, cujo passado é desconhecido.

Vodka foi levado para um refúgio em Tucumán, Argentina. Depois de alguns meses, ela foi aprovada (em 14 de agosto de 2012) por uma família amorosa e tem uma boa vida agora. A família decidiu adotá-la depois que viram a sua famosa foto.

Socorristas do vodka desejam para todos saibam que a diferença pode ser feita e a nova vida na Vodka começado com uma foto.

Os cães ao fundo foram resgatados também.



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cão cego ganha uma gata como guia!

“Terfel, de 8 anos, diagnosticado com catarata, vivia sem se movimentar dentro de uma cesta. Sua vida mudou quando sua dona adotou uma gata que serve de “guia” para ele.
Segundo Judy Godfrey-Brown, dona dos pets, foi algo inesperado e impressionante. A gata chamada Pwditat, fez amizade com Terfel imediatamente. Simplesmente foi até o cesto onde o cachorro ficava, o fez sair e passear no jardim.”

Não é a coisa mais linda? Mostrando que existe SIM, amizade entre cães e gatos!


Fonte



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